31 de outubro de 2011


Halloween ou Drummond? Prefiro pensar...

Enquanto milhões de internautas persistem em manter a rastag FELIZ HALLOWEEN, entre os assuntos mais comentados do twitter, outros se quer imaginam o quanto esta segunda-feira, dia 31 de outubro, é um dia especial para a literatura brasileira. 

É que um dos nossos maiores poetas, Carlos Drummond de Andrade, ganhou este dia só para ele. Hoje é o "Dia D", o "Dia Drummond", que vai ser comemorado em sete cidades brasileiras (Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Paraty e Itabira), além de Lisboa, em Portugal.

A partir deste ano, todo dia 31 de outubro, então, será "Dia D" e vai haver uma vasta programação sobre a obra de Drummond nas várias cidades: exposições com fotos e desenhos dele, filmes sobre o poeta Drummond e leitura de poemas. 

E no dia em que o Planeta Terra ultrapassa a impressionante marca dos 7 Bilhões de habitantes, lembramos de um simples pensamento de Drummond: “Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar”. 

Seja mais um seguidor dos pensamentos de Carlos Drummond de Andrade: #DiadeDrummond

Por Pedro Niácome

28 de outubro de 2011


Operário da informação

Trago hoje um tema trivial entre os bastidores do jornalismo: a imparcialidade. Em meio à interferência de alguns sistemas midiáticos relacionados diretamente com a queda de ministros no governo federal, podemos levantar uma linha simples de raciocínio. Sempre naquela roda de conversa no final de tarde da sexta-feira com os amigos (o bar fica a critério de cada um) até que ponto você se posiciona imparcial ao contar as novidades da semana? Como você expõe as suas ideias? Se você disser que viu no dia anterior a entrevista do governador em cadeia estadual, o relato não passará de uma simples informação linear. No mesmo instante a sua mensagem gerará uma resposta automática opinativa, expondo de maneira direta o seu posicionamento, e claro, os lampejos de sua tendenciosidade.

Até aí nada de mais, aliás, se pararmos bem para pensar, dependemos e vivemos da parcialidade. O alimento predileto, o programa de TV mais simpatizante, o estilo musical e por aí vai. Sem contar que esses apreços são colocados na nossa cabeça pela própria “mídia imparcial”. Mas, no entanto, parece que a informalidade saciada por alguns jornalistas é muitas fezes confundida com o próprio profissional, e acaba acompanhando-o cotidianamente nas redações ou em outros setores de difusão. Deixar transparecer interesses pessoais num conteúdo é reduzir o jornalismo a falsas verdades. É quando começamos a perceber que a responsabilidade e a ética ficaram escanteadas nas cantinas universitárias. 

Existe um motivo para a maior parte dos paraibanos optarem por assinar o Correio ou o Jornal da Paraíba. E qual é esse motivo? O simples posicionamento do periódico. Seja na forma como os textos são escritos, nas matérias que abrangem e até mesmo em sua opção política de determinado colunista. A verdade explícita de quem já atuou na área sabe que os jornalistas de grandes veículos não têm liberdade total de escrita. Sem contar com a dependência do velho ‘toco’, ou mesmo ‘jabá’, variável com a nomenclatura de sua região. 

Você ainda tem dúvidas? Então procure compartilhar sua mídia social, ou mais especificamente o seu twitter com alguns jornalistas. Se o seu desejo é saber se Sicrano Torres veste laranja ou vermelho, é só seguir o mesmo. Quem comandou um protesto e invadiu o Palácio da Redenção no dia tal, basta acompanhar o microblog de Beltrano Ferreira. Isso sem falar nos conflitos infames derramados em 140 caracteres, comportamento típico de cabos eleitorais em época de eleição (como se não fossem). 

Não existe uma fórmula mágica que possa transformar uma pessoa normal em um formador de opinião da noite para o dia. É algo que vai além da prática, da técnica e do parâmetro teórico. Delimitar opinião é deixar o amadorismo de lado, cultivar a coerência e a honestidade. Difícil? É sim, quase que utópico, principalmente quando relacionado à imprensa local, onde a interferência política reina em quase todas às áreas. 


Considero e questiono: até que ponto o que julgamos saber, pensar e formar não passa de um mero reflexo das sombras alheias? Afinal de contas, essa é uma questão que todos precisam avaliar por si mesmo. Concorda?

Por Pedro Niácome

17 de outubro de 2011


Criança, A Alma do Negócio


Documentário de Estela Renner e Marcos Nisti, sobre a influência da propaganda vinculada ao consumo desordenado no cotidiano das crianças.


O Dia das Crianças já passou, mas o consumo desenfreado não. É dever do educador formar cidadãos conscientes, atentos aos excessos da publicidade que, tendo crianças como grandes alvos, podem levar à erotização precoce, à obesidade e à violência. 


Educar nunca foi tarefa fácil para pais nem para os educadores mais experientes. E a contemporaneidade tem nos colocado novos e árduos desafios, principalmente no que diz respeito ao consumo. Podemos dizer que, hoje, a formação de nossas crianças não está somente nas mãos da escola ou da família, pois é compartilhada com as diferentes mídias, atravessadas por mensagens de apelo ao consumo. E aí está o maior desafio para os educadores: como integrá-las à educação formal e ajudar o jovem a ter uma visão mais crítica sobre o que consome? Como educar e formar nossas crianças para que sejam consumidores mais conscientes no futuro? Antes de nos debruçarmos especificamente sobre o papel do educador para a transformação da realidade atual, vale uma reflexão sobre a delicada relação que a criança tem estabelecido com o consumo.







Vivemos num mundo acelerado, ligados aos meios de comunicação e às redes sociais desde o momento em que acordamos até a hora em que vamos dormir. O tempo é outro, no qual a conectividade e o consumo pautam nossa socialização. Nesses novos tempos, crianças de todo o mundo têm consumido cada vez mais diferentes mídias e, muitas vezes, realizam esse consumo de forma simultânea: ouvem rádio enquanto navegam na internet, assistem à televisão lendo gibis, participam de jogos interativos no computador ao mesmo tempo que falam ao telefone ou se utilizam de outros gadgets digitais.


Apesar da influência das novas mídias e da internet, vale destacar que, no Brasil, é a televisão que ainda dita tendências de consumo. A criança brasileira é uma das campeãs mundiais no tempo médio diário que assiste à tevê. De acordo com levantamento do Ibope feito com jovens de quatro a 11 anos, das classes A, B e C, ela passa quatro horas e 54 minutos diante da tela. Em áreas de maior vulnerabilidade social e econômica, o tempo médio chega a espantosas nove horas por dia. Um tempo de consumo que ultrapassa o período médio que passa no ambiente escolar: cerca de três horas e 15 minutos, segundo estudo elaborado pela Fundação Getulio Vargas em 2009.


Daí pode-se dizer sem medo que a televisão tem sido um dos meios mais constantes no processo de socialização e formação da criança brasileira. Aliás, é também a forma de entretenimento preferida entre as crianças, à frente das brincadeiras e mesmo de atividades como andar de bicicleta, segundo pesquisa realizada na cidade de São Paulo pelo Datafolha em março de 2010.






29 de setembro de 2011


A égide perfeita


Na mitologia grega a égide era considerada o escudo mágico que Zeus utilizou em sua luta contra os titãs, e que lhe sustentava defesa pessoal. Aliado a força e ao amparo de seu brasão, o Deus grego soube proteger ideologias e pensamentos, assim como a memória histórica de seu povo.

Nas mãos dos centauros engravatados da terra dos tupiniquins, a proteção mitológica tomou novos rumos e conceitos, e infelizmente, praticamente irreversíveis. As quimeras daqui não soltam fogo pelas narinas, mas por outro lado, continuam revestidos com a pele de cordeiro e com coração de leão.   O galope avassalador da pitonisa da corrupção conduz consigo a égide perfeita dos poderes públicos.

A mesma criatividade que os gregos tinham de dar explicações para quase tudo também foi adaptada e usada pelo congresso secreto dos mascarados. A última peça pregada no oráculo do Conselho de Ética Nacional traduz bem o sentimento nefasto de nossos representantes. O Aquiles Valdemar Costa Neto, aquele que um dia encabeçou o famoso escândalo do Mensalão, simplesmente foi absolvido pela suntuosa Corte dos Minotauros.

Quem não recorda que há poucos dias a Medusa Roriz também passou facilmente pelo crivo do Monte Olimpo. O que seria de um pobre mortal caso fosse pego e filmado embolsando dinheiro público? Certamente estaria condenado a ingressar na arena central do Coliseu. Comprovação e receptação de propina simplesmente não abalão os alicerces da barbárie, desde que a divindade esteja provida por qualquer assento parlamentar, ou refugiada na cortina do voto secreto.

A tragédia grega da desordem e do regresso só não é maior graças aos espetáculos do pão e circo, ou pior, dos programas sociais e do nebuloso meio futebolístico. Afinal de contas, temos uma Copa do Mundo e uma Olímpiada pela frente. Acho que dá para matar a fome dos súditos por mais algumas eras, principalmente se o doutor Lula Zeus honoris causa voltar ao reinado. 

Por Pedro Niácome

14 de setembro de 2011




De volta ao começo?




Longe de ser apenas uma crítica ao consumismo ou a sistemas políticos, o documentário sueco, dirigido pelo italiano Erik Gandini, é um olhar sobre o jeito de ser e de viver da humanidade. Largamente divulgado pela Internet, este trabalho coloca em discussão não apenas a vida em sociedade e a ordem estabelecida, como também a própria essência humana.  Apesar de ser um pouco extenso, vale a pena conferir.

1 de setembro de 2011


Redes sociais: navegue com moderação



Em casa ou na rua, no computador ou no celular, no trabalho ou de férias. A presença da internet no cotidiano das pessoas é cada vez mais frequente. Para se ter uma ideia, a cada dia cerca de meio milhão de usuários entram na grande rede pela primeira vez. A cada semana são publicados 1 bilhão de twitters. A cada segundo uma nova conta é criada do Facebook.  

Mas será que estes cibernéticos estão sabendo tirar proveito na hora de navegar? Se o ser humano tem em sua essência a necessidade de se relacionar com o outro, o brasileiro é campeão na permanência em sites de relacionamento. Passa em média cinco horas por dia em salas de bate papo, comentando fotos ou curtindo vídeos. Muitas vezes, um desperdício de tempo, diante de tantas possibilidades que a web pode ofertar.

Meu amigo Shuray, apesar de todo seu conhecimento filosófico, é mais um viciado clássico que insiste em passar o dia na frente do PC enviando solicitações de FarmVille, quando não remete fotos marcadas com meu nome, e para variar, sempre desconcertantes.  

A minha crítica não tem a menor pretensão de fazer você integrante das redes sociais tomar uma decisão radial, até mesmo porque também faço parte desta aldeia. Em tempos de abundância de informação, podemos até tirar proveito destas ferramentas, mas de forma limitada, com outras prioridades. Mais importante do que simplesmente absorver informação é questionar, instruir experiências. Não podemos simplesmente ficar presos as garras da conexão. Não importa se vivemos na era digital. Ler um bom livro, sair com os amigos ou mesmo difundir alguma atividade física, são práticas que ainda demorarão a serem deletadas e que só nos fazem sobejar.

Por PedroNiácome

17 de agosto de 2011

O Universo de cada um


O ser humano detesta fazer mudanças. Prefere empurrar a vida com a barriga até chegar ao extremo. Faz de sua zona de conforto seu orbe perfeito. Todavia, é cada vez mais comum acompanhar notícias de pessoas que chutaram o balde, deram um basta e mudaram de vida drasticamente. Alguns vislumbram transformações buscando um novo trabalho. Outros saem viajando pelo mundo, mudam de cidade, trocam a vida agitada por um estilo de vida mais pacato.
Os destemidos em sua maioria são chamados de loucos, alucinados. São também questionados sobre o seu futuro. Os olhares de preocupação e julgamento ficam escancarados. Do que vai viver? Para onde vai? Você tem regras a seguir, padrões a atingir, metas claras. Além disso, pertencer a um grupo e nele ser reconhecido gera uma sensação de existência. Gera um prazer. Simplesmente faz parte do bando e não se enxerga fora desse universo.
Quando você anuncia que precisa se redescobrir, sentir a vida, repensar o seu caminho e viver seu cotidiano de forma diferente, na prática, o glamour de uma mudança radical desaparece. Aliás, abandonar velhos hábitos é um dos maiores desafios, se não o maior. As pessoas não conseguem aceitar com tranquilidade o incerto e, muito menos, aceitar o diferente. 
A grande massa foi ensinada e programada a viver em gaiolas. Você tem liberdade para voar, desde que não transgrida as fronteiras de seu habitat. O meio em nasce e as pessoas que compõe o seu entorno já criam as expectativas e estabelecem os parâmetros razoavelmente sensatos para sua vida.
Quantas pessoas chegam à determinada idade e pensam que não há mais tempo ou cabeça para os estudos, para a realização de novos projetos, amizades, lugares, enfim, um espaço infinito de realizações.  Se os humanos aprendem desde cedo a carregar, impetuosamente, a essência da curiosidade, por que não sequenciam a prática do autoconhecimento à medida que amadurem? 
Talvez a falta de estímulo e as convivências possam explicar tamanhas digressões. Quando decide levantar a bandeira de que é possível fazer diferente, o sistema em peso vem para cima de você, principalmente no nosso país. Evidentemente que não se pode generalizar, mas é assim que funcionam os partidos políticos, os clubes de futebol, as crenças religiosas e por aí em diante.  
Somente a partir do desarraigamento, com as experiências de vida e questionamentos, um novo olhar para o mundo surgirá. É como apreciar a beleza de um jardim, sem que haja a necessidade de se imaginar a existência de fadas. 
É tudo uma questão de ponto de vista. Afinal, o que é radical para uns, não é para outros. E se cada um é um ser único, porque todos temos que levar a mesma vida, no mesmo cubículo? Independentemente do tamanho de seu mundo, é indispensável que cada pessoa saiba vivenciar suas potencialidades. Uma cabriola enriquecedora, prazerosa, repleta de surpresas. Depois destas contemplações, fica bem mais fácil conhecer o que está do lado de fora.

Por Pedro Niácome

3 de agosto de 2011

O preço em se ter um nome diferente




Fiz este post em referência a todos aqueles que pertencem ao seleto grupo de pessoas que possuem o nome, digamos, meio exótico. Pois é, por incrível que pareça eu também faço parte desta natureza. Ainda hoje encontro com amigos e eles sempre me questionam o motivo pelo qual me fizeram mudar a designação pronominal, e refuto na mesma hora que mudança não é a definição correta, mas sim adaptação. Graças à criatividade de meu progenitor, tive o privilégio de compartilhar com meus demais irmãos a derivação ancestral da família Jácome, e o resultado para cada um não poderia ser outro se não estes: Giácome, Iácome e Niácome, sim, este último refere-se a mim.

Só quem possui nome diferente passa por circunstâncias desagradáveis na hora de se tirar um documento, um cartão de crédito, fazer um crachá, enfim, perdi  as contas de quantas fezes tive que recorrer a órgãos e instituições públicas para granjear segunda via. A chamada de freqüência em sala de aula era um sacrilégio à parte. Se até os exemplares professores tiravam onda, imaginemos então a turma de gaiatos. Você sabe o que é celebrar aniversário, olhar para o bolo e ver que o seu nome está grafado incorretamente? E que tal procurar o sonoplasta de um shopping para anunciar que alguém está perdido. Bom, agora são dois...

Lembro da época em que estava prestes a lançar um programa de rádio em Campina Grande, e a diretora queria porque queria que eu utilizasse o nome jornalístico de Niácome Pedro. O efeito e causa da obstinação ecoou diretamente no contato com os ouvintes, mais ou menos assim: - Grande Diácomo, com vai?; Sr Miague; Bom dia Viácovit... Observe inclusive que me incluíram como personagem do filme karate Kid, com Sr. Miyagi e Daniel San.    

Pode até parecer gozado, mas o caso é mais grave do que suponhamos. É tanto que a cada ano aumenta o número de pessoas que procuram meios legais de modificarem suas nomenclaturas. Se você tem o nome complexo como o meu, com grafia errada ou algum vínculo vexatório, a exemplo de Caio Pinto ou então Bucetildes Andrade, procure imediatamente uma Vara de Registros Públicos. Em uma audiência, o juiz verificará a legitimidade do pedido, consultará documentos e certidões para comprovar que não há interesse em praticar alguma ilegalidade. Dependendo do parecer, o juiz emitirá a autorização para mudar de nome. Esta autorização deverá ser entregue no cartório onde foi registrada a certidão de nascimento original para que seja feita a retificação no documento. 

Parece ser burocrático, mas o retorno é positivo. Agora é só escolher um nome, de preferência, um pouquinho mais simples, como João, Ana, Carlos...ou simplesmente Pedro. 

27 de julho de 2011

Interminável nuvem escura


Quem mora ou conhece a Paraíba sabe muito bem o quanto o estado é privilegiado por suas belezas naturais e pela pluralidade de seu povo. Um Estado economicamente promissor, com fortes atrativos turísticos e com um enorme potencial tecnológico e científico.

Mas também como é do conhecimento de muitos, o estado brasileiro que recebe os primeiros raios de sol vem ao longo dos anos sendo castigada por nuvens escuras, ocultando o brilho dos nossos horizontes. A nuvem a que me refiro não carrega partículas de água e muito menos traz esperança para o homem do campo. A penumbra que encobre os solos paraibanos arrasta na verdade conflitos políticos, entraves que não deixam o progresso germinar.    

Desde muito tempo, antes mesmo do assassinato de João Pessoa, incontáveis governadores paraibanos já haviam tido seus mandatos cessados, ou por morte, assassinato, renúncia, ou ainda por cassação. Não bastassem tantas intempéries, a Paraíba continua até os dias atuais convivendo, esbulhadamente, com mediocridades, traições, picuinhas, adesismos de última hora e outras mazelas prejudiciais à saúde do Estado. 

Foi em decorrência destas catástrofes que a terra de Augusto dos Anjos nunca passou de mera coadjuvante no cenário nacional, aonde o maior interesse dos gestores sempre foi à busca incessante por cargos governamentais, perfazendo uma espécie de ciclo vicioso. 

Com tantos contratempos e impasses, até quando a nuvem escura permanecerá toldando os céus da Paraíba, e o que fazer para contornar a situação? Bem, o vizinho estado de Pernambuco já mostrou que, com união e comprometimento de praticamente todas as classes políticas, o estado se fortalece e quem ganha no final é o povo. 

Podemos até considerar, de certa forma, que as expectativas foram renovadas com um novo governante, vindo das camadas sociais, que promete dar um ‘salto’ e tirar o Estado do incomodo grupo dos mais miseráveis, mas que na verdade, ainda está a quem de ser o responsável pelo esplendor da Paraíba. Com relação a questão tempo permanência, isso já perdemos e muito, e o que importa agora é fazer o sol emergir para todos os paraibanos.

Por Pedro Niácome

25 de julho de 2011

Inclusão digital: crescemos, mas ainda estamos longe 





Foi realizada recentemente uma pesquisa sobre o perfil do blogueiros pelo mundo através da Sysomos. Um levantamento que colocou o Brasil em quarto lugar na produção de conteúdo para a internet, a frente de países de 1º mundo, a exemplo da Alemanha e da França. No contexto brasileiro também foi feito um novo levantamento, desta feita pelo Ferramentas Blog.


O resultado do perfil do blogueiro brasileiro demonstra que na maioria são adultos, prevalecendo o grupo de 22 a 30 anos. Isso confirma que a geração que cresceu junto com o desenvolvimento da internet é mais ativa na produção de conteúdos via blogs. Em outro tópico observamos a maioria de homens, com 71%, inversamente proporcional à média mundial das mulheres. Um ponto interessante da pesquisa, mostra que o nível de escolaridade daqueles que produzem conteúdo para a internet são bem elevados, prevalecendo os cursos com formação superior, 36%, somados aos 27% dos que se dizem incompletos.


O destaque por região no universo da blogosfera ficou por conta da região Nordeste, ficando na segunda posição no ranking nacional, atrás apenas da região sudeste.


Ainda estamos longe


Hoje o Brasil está entre as 10 maiores economias do mundo, mas no ranking de telecomunicações estamos na modesta 35º posição. Somos assistidos por um sistema de banda larga ainda lento e caro, e ao alcance de poucos. Apenas 3,9% das conexões têm velocidade superior a 5 Mbps, padrão necessário para teleconferências e vídeos de alta resolução. A meta do governo até 2014 é oferecer esses pacotes por um preço a ser definido nas 12 cidades-sede da Copa. Em termos de comparação com outros países, como Austrália e Finlândia, a previsão é de que até 2017, toda a população possa receber internet de 100 Mbps, e a Correia do Sul com 1000 Mbps, já em 2013. 


Ainda esperamos o dia em que o Plano Nacional de Banda Larga venha a corrigir as gritantes  distorções do setor de telecomunicações brasileiro, advindas das privatizações e da frouxa regulamentação do mercado.


Enfim, há um país inteiro querendo mais interação, expor suas idéias e pensamentos, querendo fugir do cruel e aprisionador sistema de televisão aberta. A verdadeira democratização das comunicações no Brasil só acontecerá a partir do momento da inclusão digital, e da implantação de politícas realmente concretas,  e ao mesmo tempo "virtuais". 

Por Pedro Niácome