25 de julho de 2011

Inclusão digital: crescemos, mas ainda estamos longe 





Foi realizada recentemente uma pesquisa sobre o perfil do blogueiros pelo mundo através da Sysomos. Um levantamento que colocou o Brasil em quarto lugar na produção de conteúdo para a internet, a frente de países de 1º mundo, a exemplo da Alemanha e da França. No contexto brasileiro também foi feito um novo levantamento, desta feita pelo Ferramentas Blog.


O resultado do perfil do blogueiro brasileiro demonstra que na maioria são adultos, prevalecendo o grupo de 22 a 30 anos. Isso confirma que a geração que cresceu junto com o desenvolvimento da internet é mais ativa na produção de conteúdos via blogs. Em outro tópico observamos a maioria de homens, com 71%, inversamente proporcional à média mundial das mulheres. Um ponto interessante da pesquisa, mostra que o nível de escolaridade daqueles que produzem conteúdo para a internet são bem elevados, prevalecendo os cursos com formação superior, 36%, somados aos 27% dos que se dizem incompletos.


O destaque por região no universo da blogosfera ficou por conta da região Nordeste, ficando na segunda posição no ranking nacional, atrás apenas da região sudeste.


Ainda estamos longe


Hoje o Brasil está entre as 10 maiores economias do mundo, mas no ranking de telecomunicações estamos na modesta 35º posição. Somos assistidos por um sistema de banda larga ainda lento e caro, e ao alcance de poucos. Apenas 3,9% das conexões têm velocidade superior a 5 Mbps, padrão necessário para teleconferências e vídeos de alta resolução. A meta do governo até 2014 é oferecer esses pacotes por um preço a ser definido nas 12 cidades-sede da Copa. Em termos de comparação com outros países, como Austrália e Finlândia, a previsão é de que até 2017, toda a população possa receber internet de 100 Mbps, e a Correia do Sul com 1000 Mbps, já em 2013. 


Ainda esperamos o dia em que o Plano Nacional de Banda Larga venha a corrigir as gritantes  distorções do setor de telecomunicações brasileiro, advindas das privatizações e da frouxa regulamentação do mercado.


Enfim, há um país inteiro querendo mais interação, expor suas idéias e pensamentos, querendo fugir do cruel e aprisionador sistema de televisão aberta. A verdadeira democratização das comunicações no Brasil só acontecerá a partir do momento da inclusão digital, e da implantação de politícas realmente concretas,  e ao mesmo tempo "virtuais". 

Por Pedro Niácome

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